Resumo:

Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de algum nível de ansiedade. Para tratar ou prevenir os sintomas de ansiedade, medicamentos ansiolíticos e antidepressivos têm sido usados, os quais vem acompanhados de vários efeitos colaterais. Nesse contexto, a atividade física é sugerida como uma forma alternativa de tratamento, porém, ainda não se sabe ao certo se e como a atividade física afeta a ansiedade. O objetivo do presente estudo foi verificar se existe associação entre nível de atividade física e sintomas de ansiedade, além de discutir os possíveis mecanismos pelos relacionados a essa questão. Participaram do estudo 100 pessoas (64 mulheres e 36 homens), que responderam a um questionário sobre atividade física e sobre frequência de sintomas de ansiedade. Foi feita uma revisão da literatura sobre os possíveis mecanismos pelos quais a atividade física afeta a ansiedade. Os resultados mostraram uma associação significativa e negativa entre nível de atividade física e ansiedade (p<0,05). 28,6% dos indivíduos com até 200 minutos de atividade física vigorosa prática na semana não possuem ansiedade, quando esse número muda para 400 minutos, 76,9% deles não apresentam ansiedade. Conclui-se então que entre os indivíduos mais ativos há menor frequência de sintomas de ansiedade. Os principais possíveis mecanismos responsáveis por essa associação são: modulação do eixo HPA, atuação no sistema endocanabinóide, aumento na produção de BDNF, entre outros.

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Autor: MATHEUS ANDRADE PAPA

Orientadora: Rita de Cássia