Resumo

Nesse estudo, propõe-se compreender os limites da neuroplasticidade na explicação da polarização ideológica, tomando como base o contexto político brasileiro a partir do ano de 2013. A análise foi baseada sobretudo em como o meio externo pode “moldar” os circuitos neurais, com foco essencial na neuroplasticidade sináptica, no paradoxo plástico reiterado por Norman Doidge e Bruce Wexler, e na hipótese dos marcadores somáticos de Antônio Damásio. Para além da fundamentação teórica, a metodologia incluiu uma entrevista com o neurocirurgião Dr. João Miguel Almeida Silva e uma pesquisa qualitativa com os estudantes do segundo ano do Ensino Médio do Colégio São Luís. Com efeito, a neuroplasticidade associada à neurociência social é capaz de racionalizar, mas jamais justificar, o comportamento individual atrelado a ideologias subjetivamente apetitivas ou aversivas e como essas compõem a movimentação mais ampla das massas eleitorais.

 

Autora: Júlia Daher Silva

Orientador: José Richardson Matiello

 

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