NOSSO PATRIMÔNIO
NOSSA HISTÓRIA

 

O Colégio São Luís é uma instituição de ensino parceira da UNESCO, uma agência especializada das Nações Unidas (ONU). A escola tem como objetivo desenvolver, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável a partir dos temas abordados pela UNESCO. O objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) escolhido para os 3º anos foi o ODS 11, Meta 11.4: “Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo.

O projeto teve início nas aulas de História e Geografia, com o questionamento: “O que sabemos sobre essa festa popular, o Carnaval?”. A partir dessa indagação, os estudantes foram sensibilizados por meio de diversas perguntas, como: “O que a gente costuma fazer em uma festa de Carnaval?”, “Será que todo mundo comemora o Carnaval do mesmo jeito?”, “Será que o Carnaval existe apenas aqui ou também em outros lugares?”, “Vocês conhecem alguma música de Carnaval? Qual?”, “Será que o Carnaval já existia quando os pais de vocês eram crianças? E quando os avós de vocês eram crianças?”.

A reflexão gerada por essas perguntas permitiu que as crianças descobrissem que o Carnaval é uma festa muito mais antiga do que provavelmente imaginavam. Elas compreenderam que o Carnaval é uma festa de importância histórica e cultural, constituindo um patrimônio. Após essa descoberta, os estudantes demonstraram interesse em entender o significado da palavra “patrimônio” e sua relevância para a história do país, além de refletirem sobre a importância da sua preservação. Motivados por esses questionamentos e incentivados pelos educadores, surgiu a questão norteadora que orientou todo o projeto: “Como podemos cuidar e preservar nossos patrimônios?”.
Buscando formas práticas e significativas de se envolver com a preservação e proteção do patrimônio, os alunos contaram com o apoio de diferentes profissionais, o que enriqueceu ainda mais o aprendizado. Foram convidados especialistas para compartilhar seus conhecimentos com os estudantes.

Em maio, Fernando Brega, membro da Comissão de Escolha e Preservação de Patrimônios Materiais do IPHAN e pai de aluno, falou sobre a preservação de patrimônios, respondendo a questões como: “Quem decide o que é patrimônio?” e “Como o chorinho e os blocos de Carnaval de rua podem ser reconhecidos como patrimônios culturais?”. Essas discussões ajudaram as crianças na compreensão da importância da preservação das tradições.
Renata Ferreiro Palloni, procuradora federal da Advocacia-Geral da União (AGU) e mãe de aluna, abordou a relevância dos patrimônios naturais e culturais, explicando como a AGU defende esses bens coletivos e destacando exemplos de preservação, como parques nacionais e sítios históricos. Já em agosto, Isaura Bonavita, pedagoga e especialista em patrimônio cultural do Arquivo Público do Estado de São Paulo, trouxe sua experiência para falar sobre as cartas patrimoniais, documentos essenciais para a preservação dos bens culturais. Ela destacou exemplos de locais como a Estação da Luz e o Parque Ibirapuera, além de discutir como o patrimônio cultural vai além de construções, englobando também as tradições culturais, como a capoeira e o samba de bumbo paulista.
Após as entrevistas com os especialistas, os estudantes refletiram sobre o tema e suas práticas, decidindo realizar dois Estudos de Campo. O primeiro ocorreu no Museu de Zoologia, onde aprenderam sobre a importância da biodiversidade na preservação do patrimônio natural e cultural. O segundo foi no Sítio do Sol, onde tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura indígena e suas tradições, refletindo sobre a importância de preservar esses saberes, alinhando-se à Meta 11.4 do ODS 11 da UNESCO, que busca tornar as cidades mais inclusivas e sustentáveis.

Com o objetivo de compreender a relação da comunidade escolar com os conhecimentos sobre os patrimônios materiais/imateriais, os estudantes coletaram dados por meio de uma pesquisa envolvendo estudantes de diversas séries, professores e colaboradores. Ao analisarem essas informações, perceberam que muitas pessoas não conheciam os patrimônios da cidade de São Paulo. Como resultado, realizaram uma enquete nas redes sociais do Colégio, com o objetivo de verificar como a população, seguidora ou não da escola, preservava e cuidava desses patrimônios.

Com o retorno da enquete, os estudantes concluíram que, para responder à questão norteadora, era necessário, primeiramente, conhecer os patrimônios existentes na cidade de origem e decidiram divulgá-los na mostra do conhecimento, pois somente assim seria possível exigir sua preservação e cuidado, pois, como concluíram, “só protegemos aquilo que conhecemos”. O projeto foi finalizado com o engajamento de todos na preservação e no cuidado do patrimônio histórico e cultural.

Duração do projeto: março até novembro.

Confira todo o percurso do Projeto através do e-book: https://www.canva.com/design/DAGXlRPxfHM/e2ynE3_Q4cX3LoMcUmibsg/view?utm_content=DAGXlRPxfHM&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=editor