Resumo:

A proposta desse artigo consiste em entender como o processo de inserção feminina no ambiente esportivo ocorreu em razão do sistema patriarcal e da lógica de dominação masculina. Para realizar o estudo foi estabelecida uma revisão bibliográfica. Autoras como bell hooks, Anegla Davis e Djamila Ribeiro foram imprescindíveis para a estruturação de um raciocínio coeso acerca das opressões sexistas e das lutas do movimento feminista por emancipação feminina. O artigo investiga desde os tempos antigos, em que as mulheres se quer podiam estar presentes em estádios e autódromos, até os dias atuais em que praticamente todas as modalidades possuem seleções masculinas e femininas. No entanto, as conclusões obtidas mostram que o esporte feminino, mesmo após anos de luta no campo dos direitos das mulheres, permanece refém da objetificação e da espetacularização do corpo da mulher. Essa lógica de opressão é propagada através da mídia de massa patriarcal, e pode ser percebida através dos atos de violência, como o assédio e o abuso sexual, e dos uniformes esportivos que, muitas vezes impostos pelas federações internacionais, não visam o desempenho, mas sim a exposição corporal das atletas. Nesse sentido, entende-se que estudar a hipersexualização das mulheres é não só evitar a continuação de práticas que tendem a objetificar as relações humanas, mas também lutar por um ambiente mais acolhedor e inclusivo para as atletas.

36 TCC – A HIPERSEXUALIZAÇÃO DAS MULHERES NO ESPORTE

36 Banner – A Hipersexualização das mulheres no esporte

Autoras:

ISABELA SOARES DE MELO PEREZ

SOFIA COSTA ZANONI

Orientadora: Silvana Gobbi