Resumo:

Esse artigo tem como tema intervenções indiretas dos Estados Unidos, mais especificamente no Brasil, durante os anos 1960 até 1964, e na Ucrânia, com base nos protestos conhecidos como Euromaidan (de novembro de 2013 a fevereiro de 2014). Tais intervenções foram marcadas pelo seu caráter indireto e resultaram em uma mudança drástica nos governos dos países analisados. Além disso, o contexto ucraniano marca a implementação de um novo conceito utilizado para definir o modus operandi intervencionista dos EUA no século XXI: o das Guerras Híbridas. O presente trabalho visa relacionar tais processos com base nos livros “1964: o papel dos Estados Unidos no golpe de Estado de 31 de março”, de Phyllis R. Parker, e “Guerras Híbridas das Revoluções Coloridas aos golpes”, de Andrew Korybko, aliado a artigos e notícias que abordem o contexto vivido pelos dois países. Observou-se, principalmente, que tanto o Brasil quanto a Ucrânia sofreram processos intervencionistas similares, embora o ucraniano difira por conta do contexto internacional resultante da intensa globalização e de relações de interdependência, além da proximidade do país com a Rússia, principal rival dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, que possui um poder bélico tão grande quanto o dos EUA. Considera-se que trabalhos dessa natureza possam contribuir para a compreensão de fenômenos de extrema relevância para a organização da sociedade atual, no Brasil, na Ucrânia ou no resto do mundo.

61 – TCC – Condutas Intervencionistas dos Estados Unidos

61 – Banner – Condutas Intervencionistas dos Estados Unidos

Autor: JOÃO HENRIQUE IGNATIOS COUCEIRO

Orientador: Paulo Niccoli